Afastar a grama à procura da serpente, Fênix estende as asas, Vento
curva as folhas de lótus, Cavalo celeste galopando no céu, Macaco branco
oferece frutas, Vento varre a flor de pessegueiro. Estes são os nomes de alguns
dos 54 movimentos da Espada de Tai Chi (Tai Chi Jian), arte marcial chinesa que
remonta à dinastia Sung (960 – 279 d.C.). A arma utilizada nessa prática é a jian, uma espada reta, afiada nos dois lados da lâmina, que possui cerca de 90cm de comprimento e é manejada pelo espadachim com uma só mão. A jian surgiu há cerca de 2.500 anos na China e os primeiros registros escritos que mencionam essa espada remontam ao século VII a.C. Conforme o mestre Liu Chih Ming, "a simplicidade de seus movimentos contém uma extrema sutileza e magia. A leveza e a agilidade de seus movimentos resultam num bailado gracioso e belo, no entanto, se utilizados como arte marcial, podem se transformar em movimentos poderosos e firmes. Além disso, a prática da Espada de Tai Chi tem grandes efeitos terapêuticos. A Espada de Tai Chi tem sua raiz no Tai Chi Chuan, sendo a espada uma extensão do corpo. Na prática da Espada de Tai Chi, o domínio não se consegue só com a mão, mas sim com todo o corpo. A magia do movimento está no fato de que a extensão guia a energia, esta por sua vez guia o corpo. Nessa prática pode-se chegar a um estágio elevado onde ocorre a união da espada com o ser: a espada adquire vida e passa a fazer parte do corpo, e, por fim, não são os movimentos da espada que acompanham o corpo, e sim o corpo que acompanha a espada".
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