domingo, 8 de julho de 2018

A ARMADURA SAMURAI







Os samurais lutaram no período feudal japonês contra exércitos de países vizinhos, como a China e a Coreia, e também se envolveram em diversos conflitos entre os diferentes clãs japoneses, até a unificação do país no Período Tokugawa, no século XVII, que deu início a um longo período de paz. A armadura utilizada pelos samurais era essencial para a proteção dos guerreiros no campo de batalha, numa época em que as principais armas utilizadas eram a espada, a lança e o arco e flecha, até a introdução das armas de fogo pelos portugueses, no Período Namban, no século XVI, fato que irá modificar completamente as formas de luta dos samurais. A armadura tradicional japonesa pode ter evoluído a partir das antigas armaduras chinesas, mas adquiriu características próprias. Durante o Período Heian (794-1185), os fabricantes de armaduras japonesas usaram como matérias-primas o couro, o ferro, a laca e até mesmo a seda, de modo que a proteção fosse ao mesmo tempo resistente, leve e confortável, em comparação com as pesadas armaduras de ferro europeias, e também adaptada ao severo clima japonês. O samurai deveria ter mobilidade suficiente para montar a cavalo, disparar o arco e flecha e eventualmente lutar de pé, com espada ou lança, logo, a armadura não poderia dificultar os seus movimentos. Conforme escreve Thomas D. Conlan, "no Japão, a armadura dos samurais era normalmente conhecida como 'grande armadura' (oyoroi). Tinha um formato de caixa, com mangas (sode) proeminentes. A armadura era feita de milhares de pequenas placas, chamadas sane, feitas de madeira e revestidas de laca. Frequentemente, na região peitoral, as sane de madeira laqueada eram reforçadas com placas de metal, para evitar disparos mortais no peito. (...) O elmo (kabuto) era geralmente feito de ferro, com abas de sane protegendo os lados e a parte de trás. do pescoço  (...) Havia um pequeno visor na parte da frente do elmo. Os elmos também eram pesados, tanto que os samurais proeminentes não os usavam até irem para a batalha. (...) Acreditava-se que os dois grandes chifres, os kuwagata, proporciovam poderes místicos a seus portadores".         

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